Edição Janeiro 2011 - História de uma fã

11 de agosto de 2010, Araras- SP

' Cheguei em Araras era 20:30 e o Luan ainda não tinha chegado. Fiquei do lado de fora junto com as outras fãs, esperando.. A banda toda já tinha chegado, Marreta foi pro lado de fora onde eu estava e tirou foto com algumas meninas. Era quase 21:15 e a van do Luan finalmente tinha chegado, a euforia, gritaria foi demais. Meu pai como trabalha com artista ele trabalha com o Luan também, então assim que o Luan chegou meu pai subiu no palco e pegou uma pulseirinha pra mim entrar. Meu pai desceu junto com um segurança do Luan o Cláudio e ele me deu a pulseirinha e me colocou pra dentro.. Fui uma das primeiras meninas a entrar. O camarim ficava em cima do palco, tinha uma escada pra subir.. tinha várias pessoas entrando e fazendo entrevista com o Luan e eu fiquei aguardando, esperando pra chegar minha vez. Dagmar então apareceu e falou pra mim subir as escadas porque já estava na hora de entrar no camarim, eu então subi com mais uma mulher e um menininho de 4/5 anos. Nós 2 ficamos na fila esperando. Saiu uma mulher que estava entrevistando o Luan e logo um segurança do Luan que estava na porta do camarim abriu a porta e lá estava ele, bebendo água. Quando ele virou só ouvia aquela voz doce dizendo ‘’Oi gente’’ não consegui falar nada, fiquei imóvel. Ele tirou umas 3 fotos com o menininho de 4/5 anos. E foi a minha vez. Cheguei perto dele e ele falou ‘’Oi linda’’ e me deu um abraço muito bom, aquele perfume maravilhoso *-* Tirei uma foto com ele e dei outro abraço e ele disse 'Brigada viu linda?' e então sai do camarim.
Meu pai tava me esperando do lado de fora do camarim, e disse que eu ia assistir o show do palco. Então fui do lado do palco e fiquei esperando o show começar. Enquanto isso fiquei conversando com o técnico do Luan. Sai de perto do técnico e fui ver como era o palco, um segurança apareceu e falou que eu não podia ficar ali (porque ninguém pode ficar no palco, a não ser da equipe do Luan) eu entrei em pânico e liguei pro meu pai. Meu pai finalmente conseguiu deixar eu lá no palco. O show começo. As luzes se apagaram e tudo ficou tão escuro e bonito visto lá do lado eu só ouvia a multidão gritar por um único nome, por o único motivo de tudo aquilo. Eu sentia o chão tremer, sentia como se tudo fosse desmoronar a qualquer momento. Meu coração de repente acelerou suas batidas em um ritmo tão desesperado que eu até podia sentir os meus pulmões arderem. Ele me olhou uma ou três vezes e ficava fazendo careta. Eu sinceramente tive medo de que tudo aquilo fosse um sonho, que tudo fosse uma ilusão. Pois não diferente daquela noite, eu já havia sonhado com noites perfeitas como aquela, tudo isso o que eu vivia já havia sido parte de um de meus sonhos que agora se concretizava. Mas sonho ou não eu não queria acordar, queria e precisava que momentos como aquele fizessem parte da minha realidade. Me sentia tão próxima, tão ligada a ele, me sentia perto de ver além de meu reflexo em seus olhos. Os meus pensamentos voavam em um falshback onde me lembrava automaticamente sem esforço algum de todas as noites que havia passado em claro chorando por tê-lo tão longe de mim e no estado em que me encontrava chorando mais uma vez.As músicas, e a sua voz era como se um anjo tocassem em meus ouvidos com a sua melodia envolvente, me hipnotizando literalmente fazendo com que me esquecesse que eu tinha uma vida, do porque eu estava lá ou como havia parado lá Eu vivi cada música intensamente, cada segundo, cada milésimo foram aproveitados. Dei o máximo de mim para fazer com que aquela noite não apenas pra mim fosse especial, mas para ele também. E até hoje dói lembrar tudo isso, dói me lembrar do final, que foi o fim de tudo, de todo o bem estar que eu jamais havia sentido transformado em desespero ao não saber quando o veria novamente. Mas mesmo que machuque e me faça sofrer, eu gosto de me lembrar daquela noite, pois as memórias são unica coisa propriamente minhas que guardo do show. E eu não tenho certeza de o porque todas essas lembranças estarem tão nitídas em mim, acho que é porque toda vez que eu fecho os olhos, revivo tudo outra vêz '